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Rede de Colaboração Universitária para o Desempenho Acadêmico

Entrevista com a professora Lia Rita de Azeredo Bittencourt, vice-reitora da Unifesp e Coordenadora do G6

A professora Lia Rita de Azeredo Bittencourt, vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena a iniciativa do Grupo das Universidades Públicas sediadas em São Paulo para gestão de dados e indicadores, o G6, explica como está se configurando o projeto, que visa fortalecer a gestão universitária por meio da cooperação e da qualificação dos dados institucionais de forma compartilhada entre as seis universidades públicas de São Paulo.

Professora Lia, como surgiu a proposta da Rede de Colaboração entre universidades paulistas?

Essa proposta está ganhando forma como uma iniciativa de colaboração entre as universidades públicas sediadas no estado de São Paulo. Contamos com o apoio do Projeto Métricas/Fapesp para reunir essas instituições e para estabelecer objetivos, ações e princípios de colaboração no campo da gestão de dados e indicadores.

A ideia é criar um espaço coletivo para compartilhar práticas, soluções e dificuldades, com base nos conhecimentos adquiridos tanto no curso quanto no Projeto Métricas. A prioridade é aprimorar a gestão de dados e de indicadores das seis universidades envolvidas. Precisamos avaliar se esses são, de fato, os melhores indicadores para trabalharmos e pensar em como apresentá-los de maneira eficaz. Acredito que, caminhando juntas, as seis instituições podem ter mais sucesso com essa iniciativa.

Quais são as ações prioritárias previstas nesta iniciativa?

Queremos, em primeiro lugar, criar um ambiente propício ao compartilhamento de conhecimentos e experiências. Também é prioridade desenvolver sistemas de indicadores e métricas que contribuam para a melhoria da governança universitária e da interação com agências de fomento à ciência e tecnologia.

Outro ponto importante é a promoção da capacitação de profissionais – algo que o Projeto Métricas já vem fazendo. Preten à gestão de dados e indicadores, facilitando o acesso das equipes das nossas instituições a iniciativas de aprimoramento, o que é um ganho para fortalecer as instâncias de governança e para aprofundar o diálogo com a sdemos colaborar na realização de ações de conjuntas voltadasociedade.

Para isso, foi estruturada uma governança para a rede, com a nomeação de um coordenador e um vice-coordenador, funções que serão revezadas entre as seis instituições participantes. Com esse formato, esperamos produzir relatórios sobre as ações realizadas e as transformações no ambiente universitário, sempre com o apoio do Grupo de Pesquisa Métricas. Além disso, queremos compartilhar com a sociedade o quanto podemos evoluir por meio dessa rede de colaboração.

Como a senhora vê a avaliação de impacto nas universidades federais no contexto nacional?

As universidades federais ainda precisam se consolidar mais firmemente na área de dados e medição de impacto. Na minha visão, a prioridade número um é identificar, de forma clara e objetiva, quais são os principais impactos relevantes – tanto acadêmicos quanto não acadêmicos. Entre os não acadêmicos, destaco os sociais, políticos, culturais, econômicos e ambientais.

Esses impactos devem ser monitorados de forma sistemática, considerando as diferentes esferas: interna, local, regional, nacional e internacional. Após essa definição, é essencial organizar a coleta e o registro de dados e resultados obtidos pelas universidades em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Em seguida, devem ser elencados os indicadores que correspondam aos impactos planejados.

Por fim, é igualmente importante comunicar esses impactos à sociedade de maneira otimizada, efetiva e acessível. Essa disseminação precisa ser propositiva, com o objetivo de contribuir para mudanças nas áreas sociais, políticas, culturais e econômicas.