Pergunta para a sessão: As áreas do conhecimento e suas métricas
Edson Wendland
O Prof. Edson abordou os indicadores para avaliar o ensino. Gostaria de saber se os alunos fariam parte desse processo de avaliação e de que forma.
Sim. A ideia seria construir um formulário com quesitos objetivos sobre habilidades importantes no ensino,avaliados de forma subjetiva (notas de 1 a 5). Esse formulário seria preenchido por alunos, pelos pares,superiores e pelo docente (autoavaliação). O resultado final seria uma média com pesos distintos atribuídos a cada grupo de avaliadores.O importante é que esse processo seja construído conjuntamente por todos atores envolvidos, para assegurar sua legitimidade e aceitação. Mais importante ainda é que esse processo seja encarado como uma estratégia de autoconhecimento, para possível aprimoramento de eventuais deficiências, e nunca como um mecanismo para punição.
Além disso, gostaria que o professor comentasse também sobre os indicadores para avaliar o desempenho da extensão. Somente a quantidade de participantes e de cursos e projetos seria o suficiente para avaliar desempenho e impacto?
Possivelmente, esses indicadores contribuiriam para uma avaliação inicial do engajamento do docente em extensão.A avaliação de impacto é realmente mais complexa. No entanto, o objetivo é iniciar o processo com pequenos passos,inicialmente, para sinalizar a importância dessa linha de atuação. À medida que o processo avança e surgem os primeiros resultados, as métricas podem ser revisadas e aprimoradas, incorporando novas sugestões e,principalmente, lições aprendidas.
Aproveito para agradecer as questões, que permitiram detalhar um pouco mais as propostas discutidas.
Solange Santos
Quais são os principais repositórios de pre-prints disponíveis atualmente?
Hoje há muitos servidores de preprints disponíveis. Quase uma dúzia de novos servidores de preprints foram lançados somente no ano passado.
Além das comunidades de preprints que normalmente se organizam em torno de um campo ou conjunto de campos, nos últimos anos, as grandes editoras internacionais também passaram a fazer seus próprios investimentos em plataformas de preprints.
Outra tendência no ambiente de preprints é o estabelecimento de novas plataformas nacionais e regionais por defensores da ciência aberta (AfricArxiv; FrenchRxiv; Arabixiv, IndiaRxiv; ou o SciELO Preprints que é servidor nacional multidisciplinar, dentre outros)
Apenas a título de exemplo (não é exaustiva), além dos servidores já mencionados, no OSF Preprints pode-se encontrar uma vasta lista de servidores tanto multidisciplinares quanto de áreas específicas.
Antes de escolher um servidor de preprints vale destacar a importância das políticas e práticas de curadoria de preprints e do conteúdo como indicadores de qualidade. Por isso, verifique quais são as políticas aplicadas pelo servidor de preprints escolhido. Tenha em conta que a política adotada é um indício da seriedade e confiabilidade do servidor de preprints.